sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A jornada de Ree


O Oscar vem aí. Não que isso seja grande coisa mas as vezes pode ser. Esse ano a corrida pela estatueta está morna, os indicados para melhor filme são:

- “A rede social”
- “O discurso do rei”
- “Cisne negro”
- “O vencedor”a
- “A origem”
- “Toy Story 3”
- “Bravura indômita”
- “Minhas mães e meu pai”
- “127 horas”
- “Inverno da alma”

Destes somente 4 têm chances reais de levar o prêmio,"A rede social","O discurso do rei","Inverno da alma" e "O vencedor", e quem sabe "Bravura indômita" dos irmãos Cohen. Ontem assisti ao drama estadunidense Inverno da alma(Winter's bone,2010), e tive a leve impressão que este vai ganhar algo, provavelmente como Melhor filme. A película da diretora Debra Granik (Down to the bone) é sufocante e ao mesmo tempo libertadora. A história trata sobre uma menina Ree(Jennifer Lawrence, que também concorre por melhor atriz, com chances) de 17 anos que tem a mãe doente em estado catatônico, e ainda tem que cuidar de seus dois irmãos mais novos,Ree leva uma vida metódica, arruma,cozinha e educa seus irmãos tudo com uma semblante compadecido e conformado apesar da falta de dinheiro a vida segue normal,até que o xerife da cidade bate a sua porta, então a história nos mostra personagens sombrios, como o tio de Ree, Teardrop(John Hawkes que tambem concorre como melhor ator coadjuvante,com mais chances).O pano de fundo do filme é um Missouri pobre e calcado, humanizado muito mais por seus defeitos que por suas virtudes.As suas terras geladas contribuem para uma fotografia magnífica e impecável. Tudo funciona em Inverno da alma, até o titúlo foi traduzido para o português com carinho,apesar de se tratar de problemas norte americanos(e por isso mesmo favorece-lo para o oscar) qualquer pessoa, de qualquer nacionalidade, irá admirar a jornada de Ree.

Na próxima Postagem um olhar sobre "A rede social"

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Adeus, Jonas!


A direção anterior não tem culpa do valor baixo da multa rescisória, visto que na época Jonas era um jogador de médio pra fraco. Foi emprestado à Portuguesa, e quando do seu retorno finalmente mostrou ser um bom atacante. Não um craque. Um bom atacante que desandou a marcar gols decisivos e era sim, agora, muito importante para a equipe.

Tem tempo que o Grêmio não sabe lidar com contratos. A principal forma de agregar valores, tanto de jogadores quanto financeiro, é investir nas categorias de base, com contratos de longo prazo e jogadores com direitos federativos que pertençam ao clube. Coisas que o Internacional faz, o São Paulo também, e o Grêmio nunca soube. Sempre apanhando da Lei Pelé, visto que já perdeu vários jogadores por não saber lidar com a tal lei.

Quando inflacionou nas tratativas de Ronnie Assis, deixou Jonas com ciúmes, e com razão. Com essa do presidente Odone declarar que ofereceu R$ 6 milhões de luvas e R$ 600 mil mensais por um contrato de 3 anos, ainda vai acabar perdendo Gabriel e Rochemback, quando da renovação de seus contratos. É uma pena que o Grêmio tenha uma direção ultrapassada.

E mais: resolver problemas de elenco com contratos milionários de empréstimo por um ano, não pode ser o caminho. Portanto, atenção no caminho à ser seguido agora...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O interior de Renato


No final da temporada passada, Grêmio e Renato Portaluppi tiveram dezenas de reuniões para definir a renovação do contrato do treinador. Após ceder, e bastante, o Grêmio aceitou pagar cerca de R$ 450 mil mensais, acreditando estar investindo em um treinador de grande porte e que poderia trazer, depois de quinze anos, o título da Copa Libertadores da América.

Pois o querido treinador cansou, ou melhor, previu que irá cansar e declarou que não treinará o time em jogos no interior do Estado e no Gre-Nal em Rivera. Deve achar que ganha pouco para o tanto que trabalha. Essa ideia não foi aceita entre os dirigentes gremistas, que racionalmente declararam errada a atitude do treinador. Tudo bem que o calendário da Federação Gaúcha de Futebol deste ano está uma verdadeira bagunça, mas nesse caso cabe uma crítica da direção, e não recalque de treinador.

Os jogadores tem folga. Gauchão para reservas, pré-Libertadores para titulares. Quando um joga, o outro treina. Os salários inflados dos jogadores, que não fazem por merecer, é coisa antiga e daria pano para mangas de um time completo. O caso agora é Renato, o único treinador do mundo que pede para ser poupado, porque não tem cabeça para treinar dois times. E ganha R$ 450mil mensais, lembre-se disso. Depois de algum tempo de reflexão, concretizei a ideia de que a culpa é mesmo da FGF. Ora marcar jogos em Rivera, Erechim, Pelotas. Lugar de futebol é na praia! Não é? Renato, o que tu acha?

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Tempos modernos de João e Maria


Em uma pequena cidade do interior, João foi casado com Maria, que foi embora com outro. Maria era feia, magra e pobre. O outro a levou para a Europa, onde ficou loira, gostosa e podre de rica. João tinha uma vida simples, comendo arroz com batata, e as vezes batata com arroz.

Então, dez anos depois, Maria já não satisfazia o marido milionário. Além disso, estava caída e sem tanto glamour. Ganhou, de presente, um pé na bunda. Voltou à cidadela, e imediatamente procurou João, que seguia com a mesma vidinha, na mesma humilde casa, de braços abertos para recebê-la, mesmo sabendo que fora traído dez anos antes. João prometeu trabalhar mais, para poder ter um dinheirinho extra. Prometeu o que tinha, e pior do que isso, o que não tinha, para ter Maria novamente em casa. Maria pareceu estar arrependida, pronta para viver até o fim de seus dias com João, que ostentava um sorriso de boca cheia.

Eis que surge outro homem na vida de Maria. Não um empresário estrangeiro como outrora, mas um bicheiro brasileiro mesmo, que apesar de brega, é rico e tem muito a oferecer. João já pintava a casinha e comprava cama nova, quando Maria novamente fugiu.

Quem sabe em dez anos João esqueça tudo novamente e volte a sonhar com Maria em casa. Mas a família não. A família não perdoa e torce que, desta vez, seja para sempre...