quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Ô, Geraldão...

Geraldo é um cara legal. É verdade, ele é legal mesmo. Trabalha numa fábrica de cadeiras de praia, na qual é gerente, no interior do Paraná.

Quando criança, ele gostava de jogar bola com seus amigos da rua. Estudava pela manhã, até meio-dia. Chegava em casa, almoçava e já ia pra rua do lado participar do fogueirão. Fogueirão, pra quem não sabe, é aquele jogo de futebol onde só tem um arco, com um goleiro só, independente do número de jogadores e de times. Mas não é essa época da vida de Geraldo que merece um texto ou um filme.

Hoje, aos 47 anos, a rotina é outra. Tem 3 filhos com Lúcia, sua esposa há 25 anos. Trabalha de segunda à sexta, das 8h às 19h. Geraldão, como é conhecido pelos amigos de pelada, até o momento, tinha uma linda história a ser contada. Lúcia sempre acreditou nessa jornada longa de trabalho que seu marido diz ter. Ele não almoça em casa, e diz a esposa que não daria tempo, pois só tem 20 minutos de intervalo. Ele não dorme em casa ao menos uma vez na semana, e Lúcia imagina que o seu Gê, querido Gê, está viajando com algum representante da empresa, para fiscalizar as vendas.

Há dez anos, na última gravidez de Lúcia, saiu para comprar cigarro e encantou-se por Rita, filha do tio Zé, dono do bolicho da esquina e, nesses dez anos, mantém uma vida dupla. Nesse tempo, Rita já terminou o Ensino Médio, fez o curso técnico de enfermagem e mora em sua própria casa, comemorando, no último dia 30, seu 26º aniversário. Geraldo apoiou Rita sempre, nos bons e maus momentos, e ajudou no que pode para a formação da amada. Mas nunca deixou faltar nada para os filhos, nem carinho nem afeto, muito menos uma boa condição financeira.

Assim, pela cabeça de Lúcia, nunca passou que ele poderia ter outra mulher...

E agora?
Lúcia descobre o caso com Rita?
Geraldo assume Rita?
Lúcia segue sem saber?

Em breve, o final dessa história...

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