quinta-feira, 30 de junho de 2011

Brevíssimo ensaio sobre quem vêm do Havaí

A publicidade tupiniquim se orgulha de ser verde e amarela com detalhes azuis. Produtos que são feitos aqui levam o orgulho e suor brasileiro. Claro que muito mais suor que orgulho. Se eu abrir uma lata de guaraná, calçar minhas havaianas, sentar na minha poltrona e assistir a novela, esperando o jogo do “grande brasileiro” começar, serei eu mais patriota por fazer isso? Será que assim estarei dando valor para a minha cultura? Bom se eu me basear pela caixa luminosa que emagrece a cada ano que passa enquanto eu engordo na frente dela, sim eu serei um “brasileiro-canarinho-patriota” comedor de feijoada.


Essa realidade simulada de nacionalismo carcomido em que eu, de havaianas reclamo aos sete ventos da corrupção, dos preços, dos juros, da taxa selic,o escambal, não esta com nada. O bom brasileiro da televisão e das propagandas deveria ser chamado de “brasilificado”. Sim esse é o triste caso onde a cultura fútil e imposta se apropria do individuo. Para a francesa que folheia a revista as havaianas aqui tem o preço pequeno, mas em contra partidas as bundas aqui são maiores, ces’la vie moncherrie.


Enfim essa cultura enlatada que a publicidade vende não pode ser tratada como verdade imperial. O Brasil não é apenas terra de havaianas barata, mais que praias e seleção de futebol somos a índia, a áfrica do sul, somos um país que veste GAP e Shox para se orgulhar de ser brazilian.

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