Semana retrasada me deparei com algo revoltante. Ao abrir o jornal Zero Hora, vi que figurava na seção destinada a opinião dos leitores uma carta ensandecida de um funcionário público-federal , bradando aos sete ventos suas mágoas para com o Rio Grande do Sul. A famigerada carta é composta por reclamações incessantes sobre o Rio Grande. A queixa de maior destaque é sobre o churrasco gaúcho, sendo este um dos maiores engodos que ele conhece, além de escrever que ‘’o Gaúcho é muito menos do que pensa ser ‘’. É perceptível que o nosso amigo metropolitano não deve possuir muitos amigos aqui, e também é visível a necessidade dele de adquirir uma churrasqueira, afinal perambular por churrascarias não tem dado muito certo... Ouvi amigos e conhecidos proferirem palavras de ódio e repúdio em relação ao autor desta blasfêmica carta. Mas eu não consigo expressar ódio pelo dito cujo, apenas um pouco de pena. Pena pelo fato de ele ser um estranho no ninho, solitário em um ‘’mundo subdesenvolvido’’, por ele justificar o fato de sua filha não ser convidada para festas por ser ‘’paulista’’. Talvez a inocente menina não saiba o pai que tem e porque não é convidada para as festas, compreensível... Convido nosso amigo ‘’super-evoluído—metropolitano-especialista em carnes’’ para um churrasco de despedida em minha casa, garanto de que não irá arrepender-se...Bom, é assim que me despeço,no alto do meu orgulho e educação, provenientes de uma terra hospitaleira, repleta de tradições e marcos históricos, composta de um povo aguerrido e bravo, que suas façanhas são modelo para toda terra. Adeus e boa sorte com os engarrafamentos, stress, poluição, mal planejamento urbano, assaltos, seqüestros...
Nenhum comentário:
Postar um comentário