quarta-feira, 30 de junho de 2010

Análise preguiçosa do Mundial


Essa parada de dois dias da Copa do Mundo dá tempo pra cronistas esportivos preguiçosos como eu escreverem. Eu gosto das vuvuzelas, mas só agora que elas calaram eu consegui me concentrar. Então, escrevo.

A fase de grupos e as oitavas-de-final provaram que, depois de muitos anos, o futebol sul-americano não se resume mais à Brasil e Argentina, somente. Dos cinco classificados para a competição, apenas o Chile já foi eliminado, e ainda assim porque enfrentou o Brasil no primeiro cruzamento do mata-mata. Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai seguem vivos, e destes só o time paraguaio não é favorito a avançar às semifinais.

Sobre os craques da Copa, confesso que também não esperava que Rooney, Kaká e Cristiano Ronaldo seriam desbancados por Özil(Alemanha) e David Villa(Espanha), embora o talento do espanhol já tivesse um certo reconhecimento. Messi é quem se salva dos chamados "craques", mas ainda escondido entre o raçudo Tevez e o oportunista, mas perna-de-pau, Higuaín. Kaká ficou cinco meses sem participar dos 90 minutos de uma partida, devido à uma lesão na coxa. Espera-se que com o ritmo de jogo acumulado o futebol do meia brasileiro apareça nessa reta final da competição.

Agora o que resta é esperar o final de semana para conhecermos os quatro semifinalistas da Copa do Mundo de 2010.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A influência do twitter na guerra Dunga x Globo


Desde que Dunga assumiu a frente da seleção brasileira impôs um novo "regime" com relação não só aos jogadores, mas, principalmente, na relação com a imprensa em geral, tendo como princípio a igualdade de acesso de todos os meios radiofônicos e televisivos.

Isso, antes de tudo, era um clamor nacional depois do fiasco protagonizado pela nossa seleção na copa e 2006, onde o deslumbramento refletido em treinamentos "show´s", abertos ao mundo, entrevistas exclusivas, que invariavelmente eram concedidas a Rede Globo.

Isso tudo desconcentrava os jogadores, lhes tirava a privacidade, o diálogo interno, acirrava a disputa de vaidades entre os medalhões da época (Roberto Carlos, Ronaldo, Ronaldinho, etc...) e tirava inclusive o comando do grupo das mãos de quem deveria dar as ordens, ou seja, o técnico.

Se tem notícia de vários abusos nesta época. Dizem que Ronaldo fumava dentro da concentração, que os jogadores saiam quando queriam, dormiam quando queriam, comiam quando, enfim uma baderna que deu no que deu. Lembram da cena emblemática do Roberto Carlos deitado a beira do gramado, em pleno jogo oficial da copa? Logo ele que veio a falhar ao arrumar as meias deixando Henry a "la vonte" para marcar a mandar a seleção brasileira de volta para casa.

Pois bem, quando Dunga assumiu com sua postura reta, séria, mal humorada até, a promessa e o anseio eram a ordem, a disciplina, a unidade e o tão falado comprometimento.

Dunga honrou sua tarefa e assim fez, montou um time unido, comprometido, focado, colocou ordem na seleção e para isso teve de comprar uma briga com o maior formador de opinião e comportamento do país. O quarto poder do estado: A Rede Globo de televisão.

Dunga esta longe de ser um "gentleman". É áspero, seco e, como bom gaúcho, não leva desaforos pra casa. Esta conduta lhe rendeu alguns desentendimentos com repórteres mais "atrevidos" e com maior parte da imprensa, desapontada com a dificuldade de acesso ao "interior" da seleção, como eram acostumados.

Este conflito teve seu auge na véspera da estreia da seleção contra a Corea do Norte, quando Fátima Bernardes chegou na concentração querendo uma exclusiva com Dunga e alguns jogadores do elenco. Dunga imediatamente negou a regalia. Fátima disse ter uma autorização do Presidente Ricardo Teixeira para tanto ao que Dunga prontamente respondeu: - Diga a ele que se insistir com isso eu entrego meu cargo agora!

A entrevista não foi concedida e "Dona Fátima, bateu com a cara na porta". Em uma entrevista coletiva, outro incidente: Enquanto Dunga respondia aos questionamentos, a sua frente, Alex Escobar (jornalista da Rede Globo) falava ao telefone a fazia expressões de desaprovação as respostas de Dunga, balançando a cabeça negativamente. Dunga interrompeu a entrevista e interpelou-o, com certo exagero, há que se admitir, porém ninguém tem sangue de barata, tanto que desculpou-se pelos excesso posteriormente.

O acontecimento causou uma forte repercussão dentro da toda poderosa rede Globo que usou os dias subsequentes para atacar o treinador revolucionário. Tadeu Shimidt no fantástico protagonizou a maior cena de dor de cotovelo que já se viu na Tv Brasileira e fez um discurso covarde sem dar direito a defesa a Dunga (que, como homem, fala frente a frente, sem intermediários).

Ai entra a influência da rede social mais usada no momento, o Twitter, que reflete de modo instantâneo o pensamento ou a opinião da dos usuários. Esta rede é hoje o maior "termômetro" da mídia mundial e sua repercussão tem força e importância no meio.

A reação dos "twitteiros" foi imediata e em menos de um hora a expressão "cala a boca Tadeu Shimdt" estava no topo do "trend topic´s" mundial, ou seja, era o termo mais falado no mundo inteiro, clara manifestação de apoio a Dunga e contra a postura covarde e mesquinha de Rede Globo que foi confirmada nos dias que sucederam por outra campanha veiculada pelo mesmo twitter: O "dia sem globo" onde o usuários combinaram, como protesto, assistir o jogo entre Brasil e Portugal em qualquer outra emissora, em mais uma manifestação de apoio ao treinador. A Globo continuou como líder de audiência, mas seu índice caiu bastante em relação aos outros jogos e outras emissoras como a Band aumentaram vertiginosamente os seus.

Isso mostra duas coisas: 1 – O povo esta do lado de Dunga e satisfeito com seu trabalho. 2 – A força do twitter.

Depois da repercussão negativa veiculada pelo twitter os ataques a Dunga simplesmente acabaram mostrando a importância desta ferramenta e a sua influência da postura da 2° maior rede de televisão do mundo. É a era da interação, da comunicação, todos tem voz e todos juntos muito mais.






sábado, 19 de junho de 2010

Não deixe de viver


Celso via seu pai Arthur, alcoólatra, colocar sua fortuna dia após dia na descarga dos cassinos e das casas de tolerância. Com a prova viva do "fracasso" almoçando todos os dias na mesma mesa, Celso sonhava em conseguir mudar as atitudes de Arthur e salvar o patrimônio que também era seu. Não conseguiu! Arthur morreu de câncer e sobraram apenas Celso, filho único de 18 anos, e sua mãe Margareth.

Celso acordava cedo, dormia tarde...dizia que isso fazia o dia render. Com o pouco que sobrou de seu pai, começou a trabalhar incessantemente na busca de resgatar no mínimo parte do que seria seu. Não teve quem o ensinasse a trabalhar, assim teve incontáveis insucessos até se tornar um empreendedor de verdade. Queria ser o "Rei dos Móveis", como seu pai fora um dia.

Sua turma de formandos do 2° grau fazia um jantar-baile por ano, para reunir o pessoal que por tempos se viu todas as manhãs. Celso nunca foi, pois tinha protocolos para rubricar. Uma vez ao mês, após as reuniões do condomínio, tinha um jogo de futebol e depois um churrasco entre os condôminos. Eram 22 apartamentos, mas sempre faltava um para completar o time, porque Celso saia da reunião direto para o escritório, já que tinha que enviar documentos para a filial.

Trabalhando assim, Celso tornou-se o Rei dos Móveis, seu grande sonho. Tinha 800 funcionários espalhados por 40 filiais em todo o Rio Grande do Sul. Era chamado para dar palestras de motivação profissional e ganhava prêmios de reconhecimento. Sua mãe nessas alturas já tinha partido e não estava mais ao seu lado. Todos o olhavam como a imagem do sucesso e da felicidade, mas ele próprio via que algo estava errado. Conta em cinco bancos diferentes, todas com cifras milionárias e, mesmo assim, alguma coisa não estava bem.

Celso trabalhou, enriqueceu, tornou-se famoso. Não tinha esposa, não tinha filhos, não tinha família. Adoeceu, morreu!

Celso não viveu...

Rei Jeremy, o Perverso


A lenda diz que Jeremy é eterno. Conta-se de seu lugar como um dos pupilos de Dionísio. Ao contrário da versão dita por muitos, ele não foi escolhido pelo destino. Garantiu seu cargo devido ao modo como interpretava a música. Tratava-a como suprema obra de arte.

Nos pós-noites, depois de muito vinho e bacanais, quando Dionísio não conseguia – ou simplesmente não se dava ao luxo – de escolher o repertório, Jeremy era o encarregado. Mais uma vez não foi uma escolha. Foi mérito.

Ao entardecer de um cinzento e gélido dia, como não parecia haver ânimo para festa nem para os deuses, Dionísio lançou um pergunta.“Tu que tanto adoras o ritmo da flauta, os acordes da lira, não te envolves com a música a ponto de querer fazê-la?”. Jeremy já esperava o questionamento e rebateu como nunca antes havia feito. “Mesmo dedicando a Ela minha vida, não me vejo como um iluminado com a técnica para criá-la. Isso é para os deuses”. É depois disso que inicia a saga de Jeremy.

Dionísio sabia estar diante de um mero mortal, mas com talento de ouvir as nuances da vida tal qual um deus. Resolvido em mudar isso, decidiu condecorá-lo com um memorável cargo terreno. A partir daquele dia seria Rei Jeremy, o que não deixaria a arte da música acabar. Sabendo que a tarefa seria difícil, pediu a Dionísio algum poder para ser leal ao cargo concedido a ele. Audacioso de sua parte, mas foi atendido.

Seria imortal, mas também responsável por dar o dom de criador - a inspiração - para aquele que julgasse merecedor. O preço por possuir elevado poder seria de exercer sua função até perder o gosto por sua tão amada música. Passou a ser conhecido como Jeremy, o Perverso, por impedir o conjunto de ritmos e sonoros que não lhe agradasse de tocar próximo de seus ouvidos.

Muitos persistiram, mas ele conhecia sons para agradar até os deuses. Então, quem ousava contestar sua decisão deveria partir para longe, em busca de algum lugar inaudível para Jeremy. E assim passaram-se séculos, em que o som do “perverso” rei agradou a todos. Mas chegou a hora em que o número de pessoas sob os cuidados do Rei da Música fugiu do controle. Ele perseverou, até pouco tempo atrás, com todas suas forças, para manter o pacto feito com Dionísio.

Não sabia o que tinha acontecido com as pessoas, pareciam felizes ouvindo qualquer ruído! Sempre soube da existência dos disseminadores da discórdia, de seus muitos seguidores, mas não o intimidavam. Sabia que Dionísio tinha deixado seus “herdeiros”, os verdadeiros apreciadores da arte musical.

Sem mais suportar a calúnia com seus ouvidos, confessou ter perdido o controle. Ainda encontrava, mesmo sendo raros, talentos merecedores de seu sopro de inspiração, mas via tantos outros que nem sequer próximos chegavam de suas pretensões. Os deuses do Olimpo não aceitaram se igualar a um “mortal”, mesmo com tamanho poder, e decidiram que ele teria o mesmo fim de todos os outros. Jeremy abdicou de seus poderes e seguiu para o Tártaro, onde Cérbero já o aguardava furioso, não entendendo como havia demorado tanto a chegar àquele final.

Jeremy, julgado como “o perverso”, admitiu sua derrota. Não por ter perdido o gosto pela arte, mas por pouco ouvir a verdadeira música da qual tanto gostava. É o que dizem...

There was a king who ruled the land
His majesty was in command
With silver eyes, the scarlet eagle
Showers silver on the people
Oh mother, tell me more

(Mathilda Mother – Pink Floyd)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A metrópole e o povoado.




- Eram mais ou menos 8:00 da noite de uma segunda-feira, quando o comandante avisou pelo rádio que em alguns minutos o avião vindo do sul pousaria na grande metrópole. Olhando pela janela Simão via um infinito de pequenas luzinhas, que a medida que se aproximava transformava-se num mar de concreto, prédios, ruas e avenidas.


- Sujeito tranqüilo, saído de uma pequena e pacata cidade de interior, onde o engarrafamento da hora do "rush" não passava de uma fila de 5 ou 6 carros no semáforo da rua principal, da praça central da cidadezinha e onde os criminosos eram conhecidos pelos nomes e todos sabiam onde eles viviam, os cachorros eram que perambulavam pelas ruas tinham apelidos e mendigos não haviam, Simão ficou "boquiaberto", aponto de esquecer o medo de aviões, sobretudo em se tratando de um pouso no aeroporto de "Cegonhas", que ficava estreitamente encravado no meio daquela selva de pedras e que já havia vitimado muitos pilotos experientes.


- Quando deu por si já estava a caminho do hotel em meio a gente de todas as partes do mundo e de todas as classes sociais. Com um par de perguntas ficou sabendo de um bom hotel a alguns metros do aeroporto onde poderia hospedar-se de maneira cômoda e relativamente barata. Como não havia feito reserva os minutos na fila da recepção do hotel, onde havia uma televisão sintonizada no Jornal nacional onde Willian Bonner falava da violência daquele mesmo centro, passavam como horas, frente a indefinição da existência ou não de vaga, significava mais que simples acomodação, aquela altura significava segurança.


- A impressão que tinha era de que o lugar era um caminho sem volta para a "vitimação" em algum assalto, seqüestro, quem sabe algum alagamento, enfim, as tragédias que via diariamente na televisão (Idéia que, justiça seja feita, acabou modificada). Por sorte, conseguiu um quarto.

- Acomodado e tranqüilizado sentou-se à janela de seu quarto, com algumas cervejas a contemplar a cidade. Ficou ali tentando entender o que sentia: Curiosidade, temor, preguiça, excitação... Acabou adormecendo, ouvindo a conversa em sotaque diferente de um barzinho de esquina logo abaixo de sua janela.


- No outro dia acordou com o ruído de um avião que passou a poucos metros de sua janela para pousar no aeroporto em frente e que serviu como uma pequena demonstração da do ritmo frenético daquela cidade.


- Aprontou-se para sair, tomou seu café da manhã e sentou-se a frente do hotel, esperando por uma amiga "local" que o apanharia para o cumprimento de seus compromissos da selva de pedra.


- Apenas alguns quarteirões foram o suficiente para ter outra demonstração dos problemas de grandes cidades: Uma avenida enorme totalmente entupida de pessoas, ônibus, carros, todos em disputa por um espaço, por um metro a mais rumo e seus destinos. O trânsito era em ritmo tartaruga, Muita fumaça, muito barulho, muita gente, enfim, "stress"...


- Fazia um pouco de calor e Simão baixou o vidro da janela do carro. Logo notou uma inquietação na amiga, que logo o advertiu: "- É melhor "cê" fecha o vidro ou nós poderemos "estar sendo" assaltados". Outra privação de liberdade. Já não bastasse a dificuldade de locomoção que praticamente lhe limitava o direito de "ir e vir" e a insegurança que lhe mantinha gradeado e "ligado".


- Depois de quase uma hora para percorrer uma distância de 10 Km chegaram a um parte mais tranquila da cidade onde puderam comer em um bom restaurante e caminhar com certa tranquilidade. Quando decidiram sair dali, outra limitação: Foi informado pela amiga de que, devido ao "rodízio", ela não poderia usar seu automóvel antes da 20:00 (eram por volta das 17:00). Sem muita escolha sentaram-se em um "pub" no bairro de "Garden´s" e tomaram algumas cervejas enquanto o tempo passava.


- Para um dia em que se tem tempo para isso, parece perfeito, mas quando essas limitações de liberdade, e outras várias como a insegurança, a demora, o descaso, até mesmo a solidão, tornam a vida quase inviável para "seres" que vem da liberdade, das cadeiras na calçada até tarde nas noites de verão, da caminhada em pleno centro (caminhando pelo lado da praça, na frente da igreja e da prefeitura) bem encasacado numa noite de inverno daquelas frias como só lá no povoado, um silêncio, uma tranquilidade, só o vigia da prefeitura tomando um mate atrás de um poncho.


- Muito melhor andar no meu carro a qualquer hora, a 30 km/h sem cinto e sem habilitação, se quiser, ir até o "passo" tomar uma cerveja e comer um peixe frito enquanto faz comentários como: - Mas "tá" a alto o rio, não tchê?


- Ou quando se deita para dormir, ao invés de aviões, ser acordado no meio da madrugada por uma sinfonia melancólica dos cachorros da vizinhança, e quando falo em vizinhança falo de um raio de 10 ou 15 quarteirões que se pode ouvir no silêncio da noite. Ou ainda adormecer ao som longínquo e ritmado de um grilo.


- Enfim, no povoado se vive a liberdade de maneira mais intensa, se desfruta mais da liberdade, as relações são mais estreitas, se conhece mais as pessoas. Os dias passam mais lentos, se morre menos do coração ou sofre-se menos de "stress".


- Para isso, no entanto, tem-se que sopesar os benefícios de se viver numa cidade grande, opções de cultura, de lazer, de oportunidades profissionais. Da avaliação da importância destes valores contrapostos, que só pode ser feita dentro do íntimo de cada um, se poderá saber qual a melhor opção. Para Simão, tenham certeza, nada chega perto da tranquilidade, do aconchego e da identificação que sente em seu povoado.


segunda-feira, 14 de junho de 2010

Copa do Mundo, muito prazer!

Boa noite!

Resolvi mandar uma carta aberta ao mundo, pois já cansei de escutar milhões de pessoas falando de mim, mal ou bem, e eu escutando tudo isso sem manifestar reação. Então, vou expor minhas qualidades e defeitos, e você que estiver lendo isto no metrô, ou sentado na privada, pensa o que bem entender.

Este ano, comemoro meu 80º aniversário. Nasci no Uruguai, em meados de 1930. Nessa época pouquíssima gente me respeitava, atualmente sou famosa em todo o planeta. Fui criada para unir os povos em uma festividade futebolística a cada quatro anos. O engraçado é que hoje em dia tem gente me usando até como carro-chefe de plataforma político-eleitoreira. Vê se pode(risos)!

Um desses caras aí, não lembro bem o nome(mas enquanto conversávamos percebi que ele não tinha um dos dedos da mão), veio me convidar para comemorar meu aniversário de 2014 no seu país. A ideia dele, utilizando meu reconhecimento mundial, é atrair visitantes e mostrar sua nação para o mundo, além, é claro, de se auto-promover. Mas o coitado mal sabe que isso implicará num alto custo. Segurança, hotel de alto nível e muita mão-de-obra à minha disposição. Também quero alguns pontos turísticos para tirar fotos, até porque ninguém é de ferro, mas acredito que essa parte seja fácil. Vai saber também se estarei vivendo até lá...

Com esse pensamento, sigo minhas férias aqui na África, lugar onde vim para trazer alguns sorrisos para este povo sofrido daqui, assim como faz Rita Cadillac quando visita os presídios paulistas.

Obrigado pela atenção,
Copa do Mundo

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Somos aquilo que ouvimos.


A sensação que às vezes tenho é a de estar dentro de um pseudoarraialtrashrocksertanejopopuniversitário, cada vez que algum carro rebaixado, com potentes auto-falantes entoando músicas com refrões quase que escatológicos como “você se retorce feito cobra mal matada” ou “em uma noite estranha a gente se estranha” passa por mim na rua sinto algo parecido como se alguém estivesse fazendo acupuntura nos meus tímpanos. Nada contra quem quer escutar isso, apenas peço encarecidamente que utilize aquela invenção maravilhosa chamada fones de ouvido, ou simplesmente escute em volume audível para o ouvido humano.

Duplas de sertanejo universitário (e achavam que o axé era o fim) e bandas emo,pop punk,pop rock, e sei lá o que possam definir-se, se proliferam com tamanha rapidez e eficiência, que chegam a dar inveja em qualquer erva daninha. “Músicas” de bandas com componentes de calças coloridas e apertadas (estilo Chapolin colorado) usam franjas metodicamente postas na frente de seus olhos e bradam aos sete ventos refrões pueris e totalmente vazios (vide Cine, Restart, Fresno...) de certa forma deterioram o “pensar” e programam o “agir” da maioria de jovens sedentos por refrões fáceis e letras descornadas, isso tudo baixado quase que instantaneamente da internet. Eu sei que pode soar como preconceito, mas apenas expresso minha solidariedade para com uma geração que se conforta com a banalidade enquanto o mundo oferece infinitas outras alternativas.

Após estes dois parágrafos de certa prestação social, apresento uma solução, quer dizer uma não, mas sim uma vasta gama de bandas de rock e cantores de MPB que concentram mais talento em seus dedos mindinhos que qualquer dupla pseudosertaneja ou banda emopoprock. A internet é uma Woodstock(entenda-se como um festival de vários tipos musicais) de proporções universais, nela existe uma variedade imensa de bandas excelentes, com exímios músicos e fantásticas letras. Mas porque é tão difícil para estas despontar no estrelato? Esse fenômeno é constante na história da música, não só brasileira, como mundial, artistas que conseguem grudar uma letra na sua cabeça, rendem mais que artistas que fazem sua cabeça pensar. Simples, tudo se resume às boas e velhas cifras($). Mas o que me preocupa é o Brasil, por que pelo ritmo que andam as coisas temo que um dia restarão apenas toques polifônicos.

Bandas emergentes como Cartolas, Volantes, Pullovers,Móveis Coloniais de Acaju,Facas voadoras (recomendo todas, e muitas outras)que estão a um bom tempo no cenário underground,mas agora começam a aparecer com mais altivez na mídia, mesmo assim a proporção de divulgação é ínfima comparada a de comercias duradouros na TV aberta e aparições dominicais no Faustão(pleonasmo). A luta continua meus caros! Para cada Luan Santana ,cada Parangolé , cada Cine , irão levantar-se outras centenas de bandas e artistas independentes que tocam em barzinhos e recônditos Pubs. Com estes, milhares de ouvidos e mentes sedentos por algo que vá muito além de danças de acasalamento, algo que nos represente como seres pensantes que somos. Se alguém que leu este post sentiu-se ofendido, comece a pensar de fato ou volte para a saga Crepúsculo, para Caras ou simplesmente dance o rebolation.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Achados & Perdidos: Sangaletti


Marcelo Antônio Sangaletti nasceu em Dois Córregos(SP), no dia 1º de junho de 1971, mas mudou-se cedo com a família para São Carlos(SP). Começou no futebol como volante, no XV de Jaú. Com o bom futebol que demonstrou, foi aos 24 anos para o Guarani. Após duas temporadas em Campinas, transferiu-se para o Corinthians, onde foi campeão paulista de 1997. Sangaletti tornou-se zagueiro, e antes de vir para o Internacional, ganhou ainda cinco títulos pernambucanos, atuando pelo Sport(1998, 1999 e 2000) e pelo Náutico(2001 e 2002). Chegou à Porto Alegre no início de 2003, e participou das conquistas dos estaduais de 2003, 2004 e 2005. Porém, durante a temporada, Sangaletti optou por encerrar relativamente cedo sua carreira como jogador, aos 34 anos, devido à uma luxação no braço que inviabilizou seu aproveitamento durante vários jogos do Inter pelo Campeonato Brasileiro.

Sangaletti seguiu no meio futebolístico, onde trabalhou durante o ano de 2008 como superintendente de futebol do Náutico. Mas após um desentendimento com o então treinador Roberto Fernandes, o ex-zagueiro deixou o clube. No segundo semestre de 2009, após a saída do treinador, retornou ao clube pernambucano, para ocupar a mesma função que desempenhava.

Frases do futebol: Correria e Sorte

"Tática de futebol é como máquina fotográfica: a cada três meses surge um modelo novo, e o anterior fica obsoleto." (Carlos Bilardo, técnico argentino)

"Até 1970 o futebol era jogado, hoje é corrido." (Otacílio Gonçalves, ex-treinador e comentarista)

"Técnico qualquer pessoa é, mas jogador precisa saber jogar." (Edinho, ex-jogador e técnico)

"Eu não acredito em sorte no futebol, mas acho que ela é necessária." (Alan Ball, ex-jogador inglês)

"Os jogadores de futebol nunca sabem porque são substituídos - até virarem técnicos." (Bobby Robson, ex-jogador e técnico inglês)

"O melhor lugar para se defender é na grande área - do adversário." (Jock Stein, técnico escocês)